Receita de pão de queijo da tia Arlete

Não, não é história de cozinheiro. Realmente fiz pão de queijo na França. “E daí?”, diriam alguns chefs internacionais de maior experiência. E daí que eu não sou chef internacional, oras. Vão fazer biquinho longe daqui e me deixem curtir meu momento de glória.

Mandei o polvilho azedo pelo Correio, bem antes da viagem, que lá não cresce mandioca. E eu também não queria nem ser parado na alfândega e nem arriscar que aquilo explodisse dentro de minha mala, em cima de minhas roupas. Saiu caro, mas como era presente, original e direto de Minas, foi. Chegou direitinho, até antes do prazo prometido. Ponto para os Correios.

O resto foi fácil (principalmente porque já tinha mandado para mim mesmo pelo e-mail a receita de pão de queijo da tia Arlete, cozinheira experimentada nesses mistérios de Minas):

Ingredientes
1 kg de polvilho azedo
150 ml de leite
120 ml de óleo
150 ml de água
8 ovos
1 prato com queijo meia-cura ralado (encontramos um parecido por lá)

Em um pós-escrito que vem antes do escrito, tenho de dizer que vi que, depois de fazer um monte de força, é bom você conseguir uma vasilha comprida, facilita na hora de misturar a massa. Nessa hora, você pode fazer como tia Arlete: firmar os punhos e forçar a massa para baixo contra a vasilha para baixo em vez de ficar tentando levantar aquilo e apertando como se fosse estrangular alguém.

Estando com o polvilho na vasilha, coloque para ferver o leite, óleo e água em uma panelinha, até entrar em ebulição. Ferve rápido. Destemidamente então, vá derramando aos poucos essa mistura fervente no polvilho, misturando com uma espátula para não empelotar. Tentando não queimar as mãos depois, vá desfazendo os grumos até conseguir algo parecido com uma farofa de polvilho.

Nessa farofa, vá colocando os ovos, lembrando de quebrá-los antes na tigelinha, e comece a misturar essa massa. É essa a hora que a massa vai pesar e grudar em suas mãos, e você vai ter desejado não ter ignorado meu conselho acima e ter procurado uma vasilha comprida. A vida é assim. Quem não segue os conselhos dos mais experientes, tem de sofrer e se esforçar mais depois. Como aconteceu comigo, aliás.

Tendo misturado bem os ovos, chegou a vez de misturar o queijo. Novamente, você vai ter de usar sua força para misturar tudo novamente. Não procurou a vasilha comprida? Tudo bem, não vou falar “eu te disse” de novo. Aí chegou a hora de enrolar os pãezinhos de queijo e, em uma abordagem colaborativa, passei a tarefa para Vilma e Pauline. Essa combinação de massa pesada e fuso horário deixa a gente um pouco cansado mesmo. Elas untaram as mãos com óleo, para a massa não grudar, e com a ajuda de uma colherinha, foram retirando massa, fazendo mais ou menos umas 100 bolinhas. Aí foi só colocar no forno, em uma forma forrada com papel manteiga, como você comedor de pãozinho de queijo congelado faz sempre.

Obviamente ficou muito, bom. Fez o maior sucesso, acabou rapidamente. Portanto, não deu nem para tirar foto. Desculpa aí. Talvez da próxima.

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