Vinagrete fácil

Vinagrete é uma daquelas coisas que às vezes nos faz lembrar da infância, dos churrascos com a família, e que nos enche de saudades cada vez que dele nos lembramos. Minhas reminiscências de os tempos de estudante contam também com o sanduíche de mortadela na chapa com vinagrete, de bom preço e rico sabor. Oras, é claro que nessa altura do campeonato, eu teria de ter uma receita de vinagrete para mim.

Aqui cabe uma nota: essa é a receita do tradicional vinagrete como feito no Brasil. Não é o vinaigrette francês. Dizem que na literatura especializada nosso vinagrete é chamado "molho a campanha". Ah, tá. Nunca ouvi essa expressão por aí, fora dessa literatura especializada. Faça um vinaigrette e mostre para sua avó: "olha aí, vó, que legal meu vinagrete". Ela provavelmente vai olhar, dar aquele sorrisinho compassivo de vó e dizer: "acho que faltou alguma coisa aí". Provavelmente você vai virar piada entre as tias. Só avisando.

Em minhas pesquisas, encontrei várias receitas de vinagrete. A base é a cebola e o tomate, pimenta, azeite e, logicamente, o vinagre; mas se pode incluir muita coisa. Então passei ao meu já bastante conhecido processo de garimpagem de receitas, que além de nos dar boas ideias, aguçar nosso senso crítico e nos encher de fome, permite também introduzir restrições na pesquisa, como “pouco trabalho” e “poucos ingredientes”. O resultado de todo esse esforço de análise leva:

- 1 tomate médio bem picado
- 1 cebola média bem picada
- 2 pimentas dedo de moça picadas
- 1 colher de chá de shoyu (aproximadamente)
- 1 colher de chá vinagre de maçã (aproximadamente)
- 1 colher de chá de azeite (aproximadamente)

É só picar bem as pimentas (sem semente, para não deixar ardido demais, o tomate (sem casca) e a cebola (idem - idem quanto à casca, não às sementes, obviamente) . O shoyu, incluí porque tem sal e açúcar, necessário para quebrar a acidez do tomate. Não acho que precise incluir mais sal, mas se quiser, é por sua conta e risco. Não incluí limão, porque faz oxidar tudo rapidamente. Não incluí salsinha, porque apesar de gostosa, dá um certo trabalho que eu queria evitar no momento. Pensando bem, por enquanto, está bom. Quem sabe algum dia aprimore essa receita no futuro, havendo condições de ingredientes e tempo...

Quis facilidade, e facilidade consegui. Com tudo picado, é só juntar tudo, misturar bem com uma colher e deixar algumas horas na geladeira, para pegar gosto. Vai bem com a feijoada (mas, muito provavelmente, vocês já sabiam disso...) e o sanduíche de peito de peru (menos calórico que a mortadela de antanhos), por exemplo. Qualquer hora providencio a foto.

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