Comer e seguir em frente

Por que estou aprendendo a cozinhar? Às vezes penso se seria mais lucrativo ir a um restaurante em vez de perder tempo cozinhando, mas o que acontece é que a gente também perde tempo indo aos lugares, arranjando mesa e esperando o pedido, além de perder o foco. Além disso, gasto muita energia no trabalho e atividades físicas e preciso de algo sempre à mão para comer várias vezes ao dia.
Relaciono minha experiência na cozinha com as incursões do antigo caçador-coletor. Alimentar-se enquanto está trabalhando em alguma coisa, tomando decisões e prestando atenção no tempo e no que acontece ao redor. Ou até mesmo aproveitando os horários livres para descansar a cabeça e alongar os músculos, porque o gerenciamento do tempo também inclui o gerenciamento do descanso e das oportunidades de deixar a mente voar um pouco.
Assim, o que faço, tem de ser fácil de fazer. Algo que descobri ser conveniente, por exemplo, é ter um conjunto de alguns poucos ingredientes que possam ser usados em várias receitas. Por outro lado, isso implica que você vai ter de prestar atenção no estoque para sempre comprar, sempre ter em casa e nunca deixar passar do prazo de validade. E sempre deixar os utensílios de cozinha e os temperos sempre à mão, em local certo e sabido.
Comidas que seguram o tranco e que não tomem muito tempo, com etapas simples e não muitos ingredientes a serem comprados e preparados (aliás, foi por isso que incluí aqui a história simples demais do croissant instantâneo). O objetivo de minha cozinha é resolver a fome que incomoda e continuar na jornada à sobrevivência, não mostrar habilidade e conhecimento. A não ser em ocasiões especiais, é claro.

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