A trouxinha de mortadela

Uma das delícias de nossa culinária tradicional de boteco é o sanduíche de mortadela. Muitas vezes, a salvação nos casos de fomes inesperadas ou vontades inesperadas de comer um sanduíche, por exemplo, em O dia do sanduíche, traz o equilíbrio entre o frescor, textura, crocância, sabor e cheiro delicados do pão francês e o gosto e cheiro marcantes, a maciez e a suculência molhada da mortadela.

Em nome desse equilíbrio, prefiro não empilhar muitas fatias de mortadela dentro do pão, exagero comum em muitos sanduíches por aí. Dá a mim a impressão de que você está mordendo um naco grosso de toicinho. Além disso, temos sempre de nos lembrar de cuidar da saúde, que exagero não faz bem para ninguém.

O que gosto de fazer em meus sanduíches é formar trouxinhas com duas ou, no máximo, três fatias de mortadela entre as metades do pão. Usando os dedos polegar, indicador e médio, seguro a fatia da mortadela em algum ponto próximo ao seu centro e a coloco cuidadosamente sobre o pão de forma a formar uma trouxinha. Faço o mesmo com a outra fatia, colocando-a ao lado da primeira. Depois é só fechar o sanduíche com a outra metade do pão.

A sensação que temos ao morder esse sanduíche de trouxinhas de mortadela é que os espaços vazios entre as fatias permitem uma maior interação entre os ingredientes do pão e a boca do comilão – pelo aumento da área de contato da mortadela - o que faz o cheiro e o sabor da mortadela se espalharem mais intensamente pela boca, compensando o menor número de fatias. É um tipo de sanduíche de mortadela light, com sabor por menos calorias.

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