Tiras de fígado e primeiros desastres

Então vamos às minhas primeiras tentativas. No início, procurei receitas fáceis. Lembrei com saudade das tiras de fígado aceboladas. Tem algo mais fácil? É temperar e fritar as tiras de fígado (fritar bem, que é servir fígado mal passado a alguém que essa pessoa vai fugir daquilo o resto de sua vida), fritar a cebola, misturar e pronto. Bom contra a anemia, pouca gordura.

Querendo fazer tudo como manda o figurino e atento à higiene, lavei as mãos cuidadosamente. Cortei um quilo e meio de fígado em tiras e misturei com as mãos as tiras ao tempero na tigela.

Vilma veio olhar e decretou: “Pegou o cheiro do sabonete, não serve para mais nada...”

Vocês não imaginam como fica estranho fígado com cheiro de lavanda. Estava com mais perfume que o próprio sabonete. Tive de jogar todo o quilo e meio de fígado fora, com tempero e tudo. Acho que nem os gatos da rua chegaram perto daquilo.

Pois é, nem tudo o que se faz com boa intenção dá certo. Ficou a lição de enxaguar as mãos com bastante água antes de chegar perto de qualquer alimento e um resto de desconsolo no peito.

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