Fazer café

Não sou especialista, mas fico impressionado com a quantidade de pessoas que (dizem que) gostam do meu cafezinho e que nunca ouviram falar em um jeito certo de fazê-lo. Eu, por exemplo, não tinha antes uma ideia exata de como se fazia café.

Aconteceu que um dia estava cansado de pensar em minha tese. Fui ao mercado para esfriar a cabeça e acabei por ficar uma boa meia hora lendo todos os rótulos de café que encontrei pela frente no mercado. Uma biblioteca de rótulos; aprendi sobre tipos de café, regiões e altitude das plantações, modo de fazer.

Já ouvi dizerem: “Pode usar água da torneira, que vai ferver mesmo” – dois erros em uma única sentença. As impurezas da água da torneira alteram o gosto do café, e a água quente demais parece que queima o pó, fica um gosto estranho no final. O recomendado é usar água filtrada e tomar cuidado para não deixar a água ferver; quando começa a borbulhar já está bom.

Estou também aprendendo a não desafiar a quantidade de pó. Uma colher de sopa de café não muito cheia para cada xícara cheia de água, quando saio disso, não gosto do resultado. Experimentei também usar um coador de pano, mas não notei muita diferença de sabor com relação ao de papel, que é bem mais prático; o outro ficou aqui de reserva, para o caso de eu me esquecer de comprar coadores de papel, o que às vezes acontece.

Bom também é escolher o tipo de café que você gosta mais, testei umas quatro ou cinco marcas. Escolhi até um que não é o mais sofisticado, mas tenho de confessar que não sou uma pessoa sofisticada. Gosto de café expresso quando estou fora de casa, aqui, o simples é o que mais me atrai, mesmo porque tomo café o dia inteiro; se for forte demais, acabo o dia com um zumbido nos ouvidos.

Considerando tudo, foi um bom investimento de tempo e dinheiro.

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