Comer e contar depois

Principalmente no Tweeter e serviços de blog, temos agora uma multidão de páginas de pessoas que fazem da cozinha o seu hobby, fornecendo receitas, indicando gostos de si mesmos e de suas famílias ou contando histórias pessoais, assim como eu. Algumas pessoas gostam ainda de contar sobre os seus lugares preferidos, onde servem os melhores drinks e pratos exóticos, informações sobre dietas e por aí afora.

Acho interessante conhecer os pontos de vista e informações de pessoas de várias formações e experiências diferentes sobre a cozinha. Parece que atualmente há uma tendência de valorização do aconchego do lar e do “faça você mesmo”. Qual seriam os motivos? Altos preços dos serviços de alimentação, trânsito e violência urbana? Famílias menores e maior aproximação dos amigos ou a maior valorização pelas mulheres do homem que cozinha? Maior disponibilidade de alimentos semiprontos, de pontos de venda e de informações sobre a cozinha? Ou tudo isso junto?

Pode ser também que essa tendência já existisse há algum tempo, só havendo uma maior divulgação dos cozinheiros incidentais agora pela criação dos novos serviços de internet. De qualquer forma, parece que muita gente acha ser gostoso contar depois de comer – com uma conotação mais positiva do que essa expressão trazia antigamente e certamente com bem menos riscos à imagem do contador e dos demais envolvidos nas histórias.

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