A difícil adaptação dos recém-casados

Logo assim que casei, tive sérios problemas, por nunca ter feito compras. De repente, você descobre que se não tiver comprado antes, não vai ter fósforos, nem sequer um palito de dentes. Ou descobre que se não tem filtro de água, vai ter de beber água da torneira. E por aí vai, em outras coisas até mais necessárias.

E vejam que logo assim que casei, tive a sorte de morar encostado em um supermercado 24 horas, as quais utilizei em quase a sua totalidade, subindo e descendo nos horários mais inusitados. Porque em um apartamento novo, sempre há algo que falta. Você compra atum em lata e não tem o abridor de latas. Ou se esquece de comprar ovos ou sal, o que só vai descobrir nas horas mais impróprias.

O pior foi estar no mercado e não encontrar nada. A minha sorte, que nunca me abandona, é que na primeira vez que fui ao mercado, encontrei meu amigo Ivan, velho conhecido dos tempos de universidade e casado então já havia muito tempo.

E que morreu de rir de meu ar de perdido no mercado com uma lista de compras na mão; na verdade, aproveitou para rir de mim à vontade, mostrando o que havia em cada corredor como se faria com uma criança pequena. Amigos são para isso mesmo.

Mas hoje tenho pelo menos uma boa ideia onde está cada item de minha lista de compras. Claro que após esse estágio, você tem de ter uma boa noção dos preços de cada item, quantidades das embalagens, prazos de validade, escolha de frutas, verduras e legumes.

Comprar o que é mais fácil fazer. Não se deixar levar por promoções. Não economizar em bobagem... Pensando bem, talvez ganhe algum dinheiro um dia abrindo um curso de sobrevivência no supermercado.

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