Quanto tempo vai levar isso aí?

Vima fica às vezes exasperada com o tempo que demoro para fazer algumas receitas na cozinha. É que normalmente trabalho com precisão e prazos apertados; na hora de cozinhar, gosto de deixar um pouco a preocupação com a rapidez de lado. Mas ela fica lá morrendo de fome e beliscando o que tiver à mão. Chegou até a inventar um sistema de classificação do tempo que eu levo em minhas receitas: (a) rápida, pelo menos na opinião dele; (b) demora, mas ele acha que não é tanto assim. (c) até ele acha que demora um pouco; (d) é para hoje? (e) sai daí e deixa que eu mesma faço isso. Ela compreende minha “cozinha artística” mas tendo uma praticidade sem limites, faz em segundos o que eu levo um pouquinho mais de tempo.
Isso mostra que mesmo na hora do descanso é preciso aprender a casar o tempo da arte com o tempo da fome, a respeitar o nosso tempo sem desrespeitar o tempo dos outros.

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